Percebendo que hoje sou como o vento, sem saber de onde venho e para onde vou, mas cumprindo a vontade de Deus – obediente – em verdade e espírito; me coloco diante dum panorama de relapsos no qual me rogava anteriormente.
Do contrário que Jesus fez – e não há possibilidades de colocar em evidência qualquer comparação entre Ele e eu – me entreguei às tentações dentro dos desertos que eu mesmo me coloquei. Não fui guiado pela santidade do Espírito ao deserto – e calor escaldante – projetando ser provado; mas, fui guiado por mim mesmo ao poço e mergulhando no oceano de lama. Tudo por cobiça.
Jesus disse: “vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao senhor teu Deus apenas adorarás, e só a ele servirás”. (Mateus 4:10). Sim, o acusador foi embora e, posteriormente, Jesus foi servido pelos anjos. (Mateus 4:11).
Trazendo uma linha de raciocínio – ou paralelo – eu havia chamado o diabo. Não repreendi, sim, eu o chamei. Insisti em cometer ações que ao invés de ser servido (supondo que há benefícios dentro do mal), eu o servia. Preparava banquetes recheados de concupiscência que saciava os olhos e os estômagos das criaturas caídas.
Isaías havia profetizado que a terra de Naftali e Zebulom iria ver junto ao mar uma grande luz. “E para os que estavam assentados na região e sombra da morte raiou a luz”. (Isaías 9:2). O Reino dos Céus havia chegado e o Filho do Homem deixava claro: “Arrependei-vos! O Céu chegou.”.
Eventualmente Simão Pedro e André poderiam ter ouvido os alertas de Jesus enquanto estavam jogando suas redes para pescar peixes. Pedro e André estavam em suas correrias diárias tal como nós nos dias de hoje. A humanidade, cotidianamente, jogam suas redes para pescar sucesso, prosperidade, carros, casas, viagens, bebidas e diversões: de modo geral, os prazeres da carne e tudo aquilo que o “amor” finito-racional cobiça.
Que bela voz e luz Pedro e André ouviram e viram. Quão bom e grandioso é também ter essa experiência. Eles ouviram: “Vinde após mim, e eu vos farei pescador de homens”. Está escrito: “Jesus viu”. (Mateus 4:18).
Que honra é ser notado por aquele que tira o pecado do mundo. Jamais poderia-mos compreender a largura, o comprimento, a altura e profundidade de ser chamado por aquele que tudo criou. Mas pode ter certeza: com tal característica que André e Pedro fizera; “deixando logo as redes, seguiram-no”; (Mateus 4:20); fiz eu. É para isso que Deus nos convida. Você também.
O chamado de Deus é para que possamos largar as redes da futilidade e segui-lo. Possamos nós nos alimentar dos ázimos do amor e da sabedora de Jesus e atender seu CHAMADO; negando a nós mesmo e carregar nossa cruz. Vai ser nessa linha que vamos conseguir mensurar largura e comprimento, altura e profundidade do amor de Jesus. Conhece-lo.
Tendo isto, podemos entrar em concordância com as palavras de Paulo: “[…] para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus”. (Efésios 3:18-21).